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Eu plantei os meus pés e reguei-os com água.

2019

Eu senti-a… a sua textura, a sua humidade, o seu contacto com o meus pés ao descoberto. Por entre os dedos a terra infiltrava-se e depois… a água. A água veio e eu senti vida. Senti o líquido, o encharcar da terra, o dar vida às coisas. Eu plantei os meus pés e reguei-os com água. (notas sobre a escrita da ação)


Entro no jardim e procedo a cavar um buraco na terra. Numa ação desviante descalço os meus sapatos e coloco-me dentro do buraco cobrindo-o novamente com terra. Com uma bacia de água rego os meus pés, agora cobertos e plantados, até esta ficar à superfície. Uma ação do quotidiano é desta forma transposta para um contexto absurdo, onde uma ideia de experiência e de consciência visual é gerada a partir da perceção háptica do contacto direto dos pés plantados com a terra e a água.

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Eu plantei os meus pés e reguei-os com água.
Frames do vídeo e documentação fotográfica do ato performativo

Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto a 22 de fevereiro de 2019
(2’52’’, cor, c/som, loop)
Adereços: Enxada de mão e bacia com água

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